O governador Camilo Santana (PT) sancionou, lei que cria o
programa Médico da Família Ceará, uma iniciativa para tentar chegar às áreas
descobertas pelo programa federal Mais Médicos no Estado. Um edital de
convocação será publicado em janeiro para a seleção de 140 profissionais, que
deverão atuar na Capital a partir de março de 2019. A interiorização do projeto
dependerá da adesão dos municípios.
Sobre o assunto
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Médicos
A coordenação do programa é do governo estadual, que irá
atuar em parceria com as prefeituras. No primeiro momento, por exemplo, será o
Executivo de Fortaleza que custeará o pagamento das bolsas de R$ 11.695,00 -
mesma quantia recebida pelos profissionais do Mais Médicos. O investimento será
de aproximadamente R milhões por ano.
"Isso vai ser uma forma de atrair não só médicos
cearenses, mas de qualquer estado do Brasil para vir para o Ceará cumprir esse papel",
prospecta o governador.
Para atrair não só a atenção, mas a permanência dos
profissionais, além da remuneração será ofertado curso de pós-graduação em
Atenção Primária à Saúde, com duração de um ano, na Escola de Saúde Pública do
Ceará (ESP/CE). Um terceiro atrativo é que a participação no Médico da Família
Ceará somará pontos em seleções de residência em hospitais estaduais.
"Essas três coisas somadas atrairão muitos médicos para
experimentar o sabor de poder trabalhar com a população carente, e entender o
valor do trabalho médico e da saúde pública nas áreas mais vulneráveis da
Cidade", avalia o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT).
Sobre o impacto do projeto que considera
"engenhoso", ele destaca a importância do serviço de saúde de base.
"A gente não está falando apenas de mais médicos de família. A gente está
falando de mais pré-natal, puericultura, controle de hipertensão e diabetes, de
redução dos indicadores de mortalidade infantil e materna, de controle de
hanseníase e tuberculose. Isso é o que é mais essencial ao sistema de
saúde".
Para alcançar a interiorização do programa, Camilo afirma
que a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) já está levantando as demandas
municipais para que os médicos iniciem a formação já em março, como os
selecionados para Fortaleza. Uma das estratégias para alcançar a adesão das
cidades é o intermédio da Associação dos Prefeitos do Ceará (Aprece).
"O primeiro passo foi estruturar o programa, depois a
lei. O prefeito Gadyel vai levar esse programa para a Aprece, para convocar os
prefeitos. Vamos construir os mecanismos para garantir que todos os municípios
possam ter um médico para atender o povo cearense", projeta o governador.
O prefeito de São Benedito e presidente da Aprece, Gadyel
Gonçalves, relata que sete dos 12 profissionais do Mais Médicos que atuavam na
cidade abandonaram os postos de trabalho. "Já estive reunido com os
prefeitos e a preocupação é uma só. Muitos dos médicos quando chegavam naquele
município, que era menor e mais longe da Capital, diziam que não iam ficar e
não assumiam. Esse programa é mais uma ferramenta que vai ajudar todos os
municípios".
FONTE: ISAAC DE OLIVEIRA
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