A polarização política que tomou conta das redes sociais
nos últimos meses promete ganhar as ruas neste final de semana com
manifestações em apoio e contra o governo federal. Os críticos ao atual governo
organizam um protesto para o próximo dia 15 em todo país com a ajuda das redes
sociais. Em Fortaleza, 49 mil pessoas já confirmaram presença na página do
evento, que cobra o Impeachment de Dilma e será realizado na Praça Portugal, a
partir das 10 horas.
Entre os apoiadores, há indignados com os escândalos de
corrupção, os rumos da economia, e até existe quem apoie uma intervenção
militar. O economista Marcelo Marinho, representante do movimento no Estado do
Ceará e membro do Instituto de Democracia e Ética (Ide), vai trocar o descanso
do domingo para ir às ruas em Fortaleza. E está mobilizando amigos e
desconhecidos: “esse movimento é importante porque visa não só esse momento que
está ocorrendo com o PT, mas, na realidade, é para combater a corrupção, independente
qual seja a bandeira partidária, porque somos suprapartidários”, defende o
economista, justificando que o movimento surgiu em decorrência aos desmandos
atuais do governo.
Já o servidor público, Fredy Bezerra de Menezes, afirma
que, embora alguns brasileiros tenham o sentimento de frustração devido o
resultado presidencial nas urnas, enxergam agora na manifestação uma forma
positiva por representar um protesto contra o governo federal por uma série de
fatores, como os escândalos de corrupção na Petrobras – lembrando que Dilma era
presidente do conselho da estatal durante a maior parte do período das
investigações da Lava-Jato -, e as medidas de ajuste fiscal anunciadas
recentemente que foram negadas pela presidente Dilma durante a campanha eleitoral.
“Nossa intenção é mostrar cada vez mais que do jeito que
está não dá para continuar. Estamos vendo as manifestações espontâneas da
sociedade em todo local que a presidente vai. Um presidente reeleito é para
estar em lua de mel com a população e o caso dela não acontece. É um governo
que já nasceu velho e não foi tomada nenhuma atitude em corrigir o erro, em
tentar demonstrar nenhum corte no próprio governo”, declarou, acrescentando que
o PT falou no debate político.
Pacífico
Entidades de classe também estão se organizando para o
evento de domingo. Em comum, eles cobram a saída da presidente do comando do
país por não ter cumprido promessas de campanha, responsabilizando-a pelos
casos de corrupção. “Será um palco das exposições dos motivos pelo qual estaremos
lá pedindo não só o impeachment, porque temos motivos e fatos que comprovam que
Dilma sabia de muitas dessas falcatruas e foi beneficiada”, ressalta o
economista Marcelo, atribuindo à petista o mau desempenho do País em quatro
áreas: saúde, educação, segurança e economia.
Questionado sobre a segurança do evento, Marcelo reitera
que a manifestação será pacífica, solicitando que às pessoas vistam as cores da
bandeira e evitem utilizar máscaras. “Queremos muito demonstrar nossa
indignação de forma ordeira, ali de forma pacífica”. E informou que o evento
contará com a presença do Batalhão de Choque.
O que você precisa saber sobre impeachment
Para que o pedido de abertura de impeachment tenha consistência, devem existir provas de que o mandatário cometeu algum crime comum (como homicídio ou roubo) ou crime de responsabilidade –que envolve desde improbidade administrativa até atos que coloquem em risco a segurança do país, explicitados na lei 1.079. Caso o processo seja julgado e considerado procedente, quem assume é o vice, no caso, Michel Temer (PMDB-SP), que permanece até o fim do mandato. Caso o vice também seja afastado ainda durante a primeira metade do mandato, serão convocadas novas eleições. Se ele seja afastado a partir da segunda metade do mandato, as eleições são indiretas, no caso, apenas os membros do Congresso Nacional podem votar nos candidatos. Enquanto as eleições acontecem, quem assume é o terceiro na linha sucessória, o presidente da Câmara dos Deputados, atualmente o peemedebista Eduardo Cunha.
Para que o pedido de abertura de impeachment tenha consistência, devem existir provas de que o mandatário cometeu algum crime comum (como homicídio ou roubo) ou crime de responsabilidade –que envolve desde improbidade administrativa até atos que coloquem em risco a segurança do país, explicitados na lei 1.079. Caso o processo seja julgado e considerado procedente, quem assume é o vice, no caso, Michel Temer (PMDB-SP), que permanece até o fim do mandato. Caso o vice também seja afastado ainda durante a primeira metade do mandato, serão convocadas novas eleições. Se ele seja afastado a partir da segunda metade do mandato, as eleições são indiretas, no caso, apenas os membros do Congresso Nacional podem votar nos candidatos. Enquanto as eleições acontecem, quem assume é o terceiro na linha sucessória, o presidente da Câmara dos Deputados, atualmente o peemedebista Eduardo Cunha.
O Estado CE
Fonte: Iguatu.Net
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