quinta-feira, 23 de março de 2017


Quando chove no Ceará, as pessoas naturais do estado geralmente celebram e comemoram muito. Essas reações podem ser consideradas uma exclusividade do povo cearense, pois pessoas de outros estados se surpreendem com a gratidão que é sentida pelos cearenses quando ocorrem precipitações.
A empresária carioca Sylvia Samary, que mora em Fortaleza há dez anos, afirma que a celebração quando chove no Ceará é infinitamente maior do que no Rio de Janeiro, e que a relação dos cearenses com a chuva a afetou e acabou mudando a relação dela com a chuva também.
“Eu percebo que aqui as pessoas se sentem muito agraciadas quando chove, sentem gratidão. Agora eu também me sinto agraciada quando chove. É até diferente de quando eu morava no Rio de Janeiro”, conta.
Sylvia acredita que a rotina de trabalho é impactada quando chove. “As pessoas param de trabalhar, usam a desculpa da chuva para isso”, opina.
A estudante Débora Luiza, de Brasília, concorda com Sylvia. “O que eu percebo é que a rotina muda quando chove aqui. Por exemplo, onde eu faço curso a tolerância de atraso é de 15 minutos, quando chove ela não existe, porque eles presumem que os atrasos serão maiores em decorrência da chuva. Em Brasília, isso não acontece”, explica.
Já a questão da celebração da chuva, ela acredita que as secas constantes são um dos motivos. “A gente comemora quando o dia está muito quente e chove pra aliviar, mas nada como aqui. Acredito que o histórico da seca contribua pra que essa reação comemorativa exista”.
O potiguar Raul Fritz, meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), acredita que a razão para os cearenses serem tão comemorativos em relação a chuva é porque eles também são muito preocupados com a seca. “Uma previsão de um ano sem chuva ou uma notícia de um inverno ruim causa uma grande preocupação geral, um grande temor”, indica.
O meteorologista revela que a reação das pessoas em Natal, sua cidade de origem, é parecida, mas no Ceará é mais evidente e acentuado. Já no Rio Grande do Sul, onde jpa morou, é muito diferente. “Lá as pessoas estranham essa reação, uma vez eu fui tomar banho de chuva lá e as pessoas ficaram assustadas“.

Fonte: Ana Clara Jovino


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